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segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Parábola da Paz Perfeita






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Era uma vez um rei, e o rei ofereceu um grande prémio ao artista que fosse capaz de captar numa pintura a paz perfeita.

Foram muitos os artistas que tentaram. O rei observou e admirou todas as pinturas, mas houve apenas duas de que ele realmente gostou e decidiu que iria  escolher entre ambas. A primeira era um lago muito tranquilo. Este lago era um espelho perfeito onde se reflectiam umas plácidas montanhas que o rodeavam.

Sobre elas encontrava-se um céu muito azul com ténues nuvens brancas.

Todos os que olharam para esta pintura pensaram que ela reflectia a paz perfeita.

A segunda pintura também tinha montanhas.

Mas estas eram escabrosas e estavam despidas de vegetação.

Sobre elas havia um céu tempestuoso do qual se precipitava um forte aguaceiro com faíscas e trovões. Montanha abaixo parecia retumbar uma espumosa torrente de água. Tudo isto se revelava nada pacífico.

Mas, quando o rei observou mais atentamente, reparou que atrás da cascata havia um arbusto crescendo de uma fenda na rocha. Neste arbusto encontrava-se um ninho. Ali, no meio do ruído da violenta camada de água, estava um passarinho placidamente sentado no seu ninho.

Paz perfeita!

O rei escolheu a segunda e explicou:

“Paz não significa estar num lugar sem ruídos, sem problemas, sem trabalho árduo ou sem dor. Paz significa que, apesar de se estar no meio de tudo isso, permanecemos calmos no nosso coração”.

Este é o verdadeiro significado da paz.

Fonte: FilosofiaEsoterica.com







A Erosão do Mundo





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O mundo não pára de girar,
Debalde evitar a corrupção do Homem,
O sol continuará a brilhar
E os pássaros cansados dormem.

A chuva continuará a cair,
Mas todos fugirão dela,
As flores continuarão a florir,
Mas ninguém as olhará pela janela.

Até parece que o girar se apressou,
De uma Terra ferida pelos seus,
A fonte da Alma quase secou,
E as estrelas brilham, esquecidas nos céus.

Quem lhes escreverá poemas,
Arrebatados e brotando do coração,
Quem esquecerá seus problemas,
Meditando no céu e em sua imensidão?

O mundo é um cemitério fervilhante,
Transbordando de gente apressada,
A vida apenas se tornou importante,
Quando está repleta de tudo e de nada.

O ser humano é diamante em bruto,
Que precisa de lapidação constante,
Sua humanidade é um salvo-conduto,
A oportunidade de ascensão sempre garante.

A alma é apenas uma lenda obsoleta,
Nas mentes daqueles que evitam pensar,
A espiritualidade uma desnecessária muleta,
Porque dá muito trabalho para aprimorar.

Que triste é o olhar vazio,
Baço e sem reflexo da sociedade,
O diamante é mortiço e sem brilho,
Pleno de artifícios e desonestidade.

O sentir foi substituído pela tecnologia,
E as lágrimas fingidas ou de auto piedade,
Existem desertos onde antes  houvera magia,
E em mares de ferro jazem os pedaços da criatividade.

O ar outrora livre deixou de ser puro,
E corações fecharam-se, embruteceram,
Viver o dia-a-dia tornou-se tão duro,
E os dias até parecem que encolheram.

A poesia da vida está a morrer,
Como ave canora que do alto caiu,
O tempo inconstante acabou por vencer,
O pobre pássaro que sua asa feriu.

Sonhar tornou-se luxo desnecessário,
Ou apenas o almejar por riquezas materiais,
Os monstros trancaram-se no armário,
E ridicularizam-se as coisas sobrenaturais.

O plástico e o metal,
Vão corroendo a Árvore da vida,
O adejar de suas folhas era musical,
Acabando silenciado pelos gritos desta era perdida.