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sábado, 15 de dezembro de 2012

Donzela Solitária


 Num dia de vento suave e cintilante Primavera, A donzela passeia por seus jardins luxuosos,...



Num dia de vento suave e cintilante Primavera,
A donzela passeia por seus jardins luxuosos,
Por seu príncipe encantado espera,
Escrevendo poemas saudosos.
Mas ele nunca chegará,
Apenas o fantasma de um amor
Que nunca a abraçará.
Ela segura sonhadora uma bela flor,
Contudo seu odor não a alegrará,
Tanta riqueza e formosura só lhe causava dor,
Uma vida de felicidade fingida um dia acabará.
Fechada a sete chaves grande parte do dia,
Apenas verá pela janela um pedaço de jardim,
Sem poder escutar o canto da cotovia,
Desejando que tudo tivesse um fim.
Fora de sua prisão de cristal,
Tudo seria mais quebradiço e frágil,
Uma simples queda seria deveras mortal,
Contudo preferível a um mundo ágil,
Repleto de bailes sem sentido,
Danças de pura hipocrisia,
Alguém elogiando seu nobre vestido,
Mas ninguém para dali a levar.
Ela queria ser uma ave
Para muito longe voar,
Planando em nuvens de branco suave,
Esquecida de cruel humanidade
Que ao cárcere a condenou.
Num dia de maior liberdade

A donzela de um muro se atirou.

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