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domingo, 16 de dezembro de 2012

Poeta



Desde a primeira batida de coração, Após o primeiro choro do recém-nascido,..



Desde a primeira batida de coração,
Após o primeiro choro do recém-nascido,
O Destino desenha o caminho escolhido
Nascendo assim o dom primordial, a vocação
Para um vida inteira de poética paixão.

Assim nasce um poeta de autenticidade,
Um eterno sonhador, paladino da verdadeira pureza,
Um pintor de imagens de sublime beleza
Sangrando palavras de crua intensidade,
Dotado de sabedoria, porém pleno de humildade.

O Poeta vive imerso em seu mundo,
Sua mente fervilhante de artística loucura,
Procurar entendê-lo e amá-lo ninguém procura,
Acompanhando-o em sua solitária existência,
Sendo incompreensível seu constante estado de demência.

É das suas entranhas que brotam poemas,
Lâminas aguçadas de uma vida de sofrimento,
Recordações que o torturam a cada momento,
Ser poeta é um dom de pura maldição,
Embebedar-se no amargo absinto da perdição.

As divinais obras apenas despertam luxúria
Entorpecendo as ideias do sonhador lunático,
Desbotado permanece seu ser triste, sorumbático,
Profanado pela ignorância da humanidade
Que o crucifica em suas teias de crueldade.

O Poeta é um ser venerado na morte
Após sua curta passagem pelo mundo,
Agoniza só, num silêncio negro, profundo,
E a Terra chorará amargamente o Profeta,
Uma vida com o Homem, uma eternidade sem o Poeta.

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